Sou artista independente, nascida no interior do Paraná, onde cresci acompanhando o ciclo do alimento, plantado, semeado, colhido e preparado por aqueles que me criaram. Também testemunhei o cultivo da fé e, ao mesmo tempo, a escassez de amor, respeito e igualdade social. Hoje, faço da palavra e do afeto os protagonistas do meu trabalho, prática que gosto de chamar de escrita afetiva: uma ferramenta de luta, fé, cura, elaboração e acolhimento.
Minha pesquisa parte da utilização da palavra como potência de intervenção, de acolhimento e de transformação. Ela se expande para o encontro com as manualidades, as brincadeiras, os rabiscos, as pinturas e as oficinas. Luto para não perder a curiosidade e sensibilidade diante de um mundo que pede sempre o contrário. Desejo nunca deixar de utilizar a palavra, a escuta, a arte e meu olhar atento, como ferramenta de acolhimento.
Como escritora e gestora cultural, desenvolvo experiências coletivas em oficinas que integram escrita, experimentações manuais e processos de memória. Em 2025, propus mais de 15 atividades em diferentes cidades e unidades do SESC-RJ, ampliando o alcance da minha pesquisa e reafirmando o compromisso de transformar palavra em encontro.
